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terça-feira, 14 de maio de 2013

Regras de tráfego VFR para helicópteros (parte 4)

Procedimentos de tráfego aéreo

 Procedimento em locais providos  de TWR

   Se a decolagem ou pouso ocorrer fora da área de manobras, fora  do campo de visão da TWR ou se esse órgão não tiver uma visão adequada dessa área(ex: área pouco iluminada à noite) ou, ainda, fora do aeródromo, o controlador de tráfego  aéreo contatado deverá utilizar a fraseologia respectiva  para cada  situação mencionada.
  Quando o helicóptero solicitar ou necessitar seguir em baixa velocidade sobre  a superfície, normalmente, a menos de 37 km/h (20kt)  e com efeito solo, poderá ser autorizado o  taxiamento  pelas pistas de táxi.
  Quando o  helicóptero solicitar ou necessitar seguir sobre a superfície de um aeródromo, permanecendo abaixo de 100 pés e com velocidade relativa ao solo superior a 37 km/h (20 kt), poderá ser autorizado o deslocamento aéreo pelas rotas de deslocamento  aéreo.

  Operação de pouso  e decolagem

   A operação de helicóptero em pista de pouso e decolagem de aeródromo poderá ser autorizada a pedido do piloto em comando e, quando necessário, estará definida em procedimentos especiais de tráfego aéreo.
   Na medida do possível, os helicópteros serão instruídos a evitar a trajetória  das demais aeronaves, visando eliminar atrasos no fluxo de tráfego  aéreo do aeródromo.
   Com a finalidade de aumentar a fluidez do tráfego, após consulta ao piloto, a TWR poderá autorizar operações de pouso/decolagem em/de helipontos, pista de táxi ou pontos de estacionamento.
   A seguir as consideração a respeito dos procedimentos de decolagem e pouso.

  Decolagem

   Para que um helicóptero seja autorizado a decolar é necessário que:
   - o helicóptero que esteja decolando a sua frente já tenha deixado a área de decolagem, ou, o helicóptero que esteja pousando já tenha deixado a área de pouso;
    - o abando do tráfego será feito com curva de 45º à esquerda ou à direita a 150 m (500 pés) de altura, de acordo com o setor designado para tráfego de helicóptero, afastando-se do circuito convencional do aeródromo, ou do heliponto, se for o caso.


  Pouso

   Para que um helicóptero seja autorizado a pousar é necessário que:
   - a área de pouso e decolagem esteja livre e desimpedida, ou;
   - o helicóptero que esteja pousando já tenha abandonado a área de pouso, ou;
   - o helicóptero que esteja decolando já tenha abandonado a área de pouso.

Obs: Em aeródromo onde não  haja área de pouso demarcada, o helicóptero deverá pousar na pista em uso e depois rolar para o estacionamento.


  Separação na decolagem e/ou pouso

   Um helicóptero será autorizado a decolar ou pousar em um ponto ou área de     pouso e decolagem, que não uma pista de pouso e decolagem, quando o helicóptero que estiver decolando ou pousando a sua frente houver abandonado a área de pouso e decolagem.


  Separação entre pouso e decolagem simultânea

   Os pousos ou decolagens simultâneas envolvendo dois helicópteros somente poderão ser autorizados se:
     - as trajetórias de vôo não forem conflitantes;
   - os pontos de pouso e decolagem usados pelos dois helicópteros estiverem afastados lateralmente de pelo menos, 60 metros; e
     - os helicópteros forem instruídos a manter-se afastados, pelo menos, 60 metros entre si.


 Procedimento em locais desprovidos  de TWR

   Nos locais desprovidos de TWR, é responsabilidade do piloto em comando executar os procedimentos de tráfico para aproximação, pouso e decolagem, com segurança devendo:
   - evitar aproximações e decolagens em proas convergentes com os eixos das pistas de pouso e decolagens;
   - executar o circuito de tráfego padrão para aeronaves em geral, à altura de 500 pés, curvas à esquerda ou à direita em função da posição do ponto ou área de pouso, não sendo permitido o cruzamento de trajetórias de aproximação final das pistas de pouso e decolagem; e
   - executar o circuito de tráfego padrão, conforme mencionado acima, também para pontos ou áreas de pouso e decolagem isolados.

Obs: não se aplicam os procedimentos descritos no segundo e terceiro item acima nos locais em que os  helipontos possuam trajetórias de aproximação e pouso específicas.

 Circuito de tráfego

   Operação de pouso  e decolagem

    Para pouso em heliponto situado em aeródromo deverá ser feito um circuito de tráfego conforme ilustrado nas figuras abaixo. A carta de pouso de localidade poderá prever circuito específico.
    O circuito de tráfego de helicóptero será executado a uma altura de 500 pés acima do aeródromo ou heliponto.



terça-feira, 6 de novembro de 2012

X3, um novo conseito



Helicóptero Híbrido de alta velocidade e longo alcance, que combina excelentes capacidades de decolagem e pouso verticais com velocidades de cruzeiro superiores a 232 kt (430 km/h).

O X3 é equipado com dois motores que acionam um rotor principal de cinco pás e duas hélices instaladas dos dois lados da aeronave em asas de pequena envergadura. Isto cria um avançado sistema de transporte que oferece a rapidez de uma aeronave acionada por turbo-hélices e toda a capacidade de voo pairado de um helicóptero. O conceito é adaptado para aplicações em que os custos operacionais, a duração de voo e o sucesso da missão dependem diretamente de uma velocidade máxima de cruzeiro.

O truque para voar em alta velocidade é abrir mão de parte da sustentação do rotor. Quando ele acelera, seu rotor passa a girar mais devagar. Isso reduz o arrasto da lâmina que avança e evita que aquela que recua sofra queda brusca de sustentação (situação que os pilotos chamam de estol). Com a rotação mais lenta, a força vertical proporcionada pelo rotor diminui. As asas passam, então, a contribuir para manter o helicóptero no ar.

O X3 vai competir com o X2, da americana Sikorsky, que usa um método diferente para voar em alta velocidade. O X2 tem dois rotores que giram em sentidos opostos, além de uma hélice na calda para impulsioná-lo.

X2 da americana Sikorsky
Uma vasta gama de missões está prevista para a configuração H3, incluindo missões de busca e salvamento (SAR) a longas distâncias, operações de guarda-costeira, patrulhas nas fronteiras, transporte de passageiros e serviços de transporte entre cidades. Este helicóptero também pode ser utilizado para missões militares em operações de forças especiais, transporte de tropas, missões de busca e salvamento em combate e transporte aeromédico - beneficiando-se das propriedades combinadas na aeronave híbrida de velocidades de cruzeiro mais altas com excelentes desempenhos de decolagem e pouso verticais.


As equipes da Eurocopter levaram menos de três anos desde a concepção até o primeiro voo deste helicóptero híbrido, o que demonstra suas competências, capacidades e dedicação para definir o futuro das aeronaves de asas rotativas.

O primeiro voo do demonstrador X3 ocorreu em 6 de setembro no Centro de Istres de DGA Ensaios em Voo (no sul da França) que, sob a responsabilidade do DGA (Delegação Geral de Armamento) francês, oferece um ambiente seguro e controlado.


Regras de tráfego VFR para helicópteros (parte 3)

Regras de voo visual

Critérios gerais

Dentro de espaço aéreo controlado: o voo VFR de helicóptero realizar-se-á somente quando, simultânea e continuamente, puderem ser cumpridas as seguintes condições:
- manter-se em condições de visibilidade de voo iguais ou superior a 3000 m
- permanecer, no mínimo, a 1500 m horizontalmente e 500 ft verticalmente de nuvens ou qualquer outra formação meteorológica de opacidade equivalente
- manter referência com solo ou água, de modo que as formações meteorológicas, abaixo do nível de voo, não obstruam mais da metade da área de visão do piloto.

Fora do espaço aéreo controlado: acima de 3000 ft de altitude ou 1000 ft de altura sobre o terreno, o que resultar maior, o voo VFR de helicóptero realizar-se-á somente quando, simultânea e continuamente, puderem ser cumpridas as seguintes condições:

- manter-se em condições de visibilidade de voo iguais ou superior a 3000 m
- permanecer, no mínimo, a 1500 m horizontalmente e 500 ft verticalmente de nuvens ou qualquer outra formação meteorológica de opacidade equivalente
- manter referência com solo ou água, de modo que as formações meteorológicas, abaixo do nível de voo, não obstruam mais da metade da área de visão do piloto.

Fora do espaço aéreo controlado: abaixo de 3000 ft de altitude ou 1000 ft de altura sobre o terreno, o que resultar maior, o voo VFR de helicóptero realizar-se-á somente quando, simultânea e continuamente, puderem ser cumpridas as seguintes condições:
- manter-se em condições de visibilidade de voo iguais ou superior a 1000 m, desde que a velocidade de voo seja suficiente para ser visto e evitado o tráfego ou qualquer obstáculo com tempo suficiente para se prevenir uma colisão
- permanecer afastado de nuvens e manter referência com solo ou água.

Alturas mínimas para voo VFR

Exceto em operações de pouso e decolagem, ou quando autorizado pelo órgão regional do SISCEAB com jurisdição sobre a área em que seja pretendida a operação, o voo VFR de helicóptero não se efetuará sobre cidades, povoados, lugares habitados ou sobre grupo de pessoas ao ar livre, em altura inferior a 500 ft acima do mais alto obstáculo existente em um raio de 600 m em torno da aeronave.
Em lugares não citados acima, o voo não se realizá em altura inferior àquela que lhe permita, em caso de emergência, pousar com segurança e sem perigo para pessoas e propriedades na superfície. Essa altura deve ser de no mínimo, 200 ft.
Visando atender a operações especiais de helicóptero, tais como: voos panorâmicos, de filmagem, de inspeção de redes elétricas etc., poderão ser autorizados voo VFR, abaixo da altura mínima especificada no primeiro parágrafo, mediante autorização do órgão regional do SISCEAB com jurisdição na área que seja pretendida a operação.
Exceto quando expressamente solicitado por autoridade governamental competente, será proibido o sobrevoo de estabelecimentos penais por helicóptero em altura inferior a 300 m (1000 ft), tendo como referência a estrutura mais elevada da parte edificada. Área sujeita à ação policial.

Mínimos meteorológicos

Os mínimos meteorológicos predominantes nos aeródromos ou helipontos envolvidos deverão ser iguais ou superiores aos valores especificados nos sub itens a seguir.

Operação em aeródromo ou heliponto que dispunha de procedimento de aproximação por instrumento:

Durante o dia:
- Teto: o maior valor entre: 
600 ft; ou 100 ft acima do menor teto estabelecido nos procedimentos de aproximação por instrumento de não precisão.
- Visibilidade: 1500 m

Durante a noite:
- Teto: o maior valor entre: 
1000 ft; ou 100 ft acima do menor teto estabelecido nos procedimentos de aproximação por instrumento de não precisão.
- Visibilidade: 3000 m

Operação em aeródromo ou heliponto que não dispunha de procedimento de aproximação por instrumento:

Durante o dia:

- Teto: 600 ft
- Visibilidade: 1500 m


Durante a noite:

- Teto: 1000 ft
- Visibilidade: 3000 m

Condições para realização de voo VFR

Período diurno
Os aeródromos ou helipontos de partida, destino e alternativa deverão estar registrados ou homologados para operações VFR.
As condições meteorológicas predominantes nos aeródromos ou helipontos de partida, destino e alternativa deverão ser iguais ou superiores aos mínimos estabelecidos para operações VFR de helicópteros.

Período noturno
Além das condições prescritas acima:
- o piloto deverá possuir habilitação para voo IFR;
- o helicóptero deverá estar homologado para voo IFR;
- indicador de direção de vento iluminado ou órgão ATS em operação;
- o helicóptero deverá dispor de transceptor VHF em funcionamento para estabelecer comunicações bilaterais com os órgãos ATS apropriados.

As exigências de piloto habilitado IFR e helicópteros homologados IFR não se aplicam ao voo VFR noturno quando o mesmo for realizado inteiramente em ATZ, CTR, ou TMA, incluindo as projeções de seus limites laterais, ou ainda, na inexistência desses espaços aéreos, quando realizado dentro de um raio de 50 km (27 nm) do aeródromo ou heliponto de partida.
Quando se tratar de heliponto público, o órgão regional do SISCEAB poderá dispensar a exigência  do farol de aeródromo ou heliponto, após parecer operacional, desde que não:
- seja necessária orientação visual de longo alcance ou se essa não for proporcionada por outro meio visual; ou
- haja excesso de luzes nas proximidades que possam confundir a identificação do heliponto.

No caso de heliponto privado, a exigência do farol de heliponto, fica a critério do seu proprietário, visto que é de sua inteira responsabilidade a operação do mesmo.

Autonomia mínima regulamentar para voo VFR

Nenhuma pessoa pode iniciar uma operação VFR em um helicóptero, a menos que, considerando o vento e as condições atmosféricas conhecidas, esse helicóptero tenha combustível suficiente para voar até o aeródromo de destino e, assumindo consumo normal de combustível em cruzeiro, voar pelo menos mais 20 minutos.




segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Regras de tráfego VFR para helicópteros (parte 2)

Helipontos

Classificação


Assim como os aeródromos, os helipontos são classificados em civis e militares.

Heliponto civil: é destinado, em princípio, ao uso de helicópteros civis.
Heliponto militar: é destinado ao uso de helicópteros militares.

Os helipontos civis são classificados em:
Heliponto privado: destinado ao uso de helicópteros de sues proprietários ou de pessoas por ele autorizada, sendo vedada usa utilização em caráter comercial.
Heliponto público: destinado ao uso de helicópteros em geral.
Heliponto elevado: heliponto localizado sobre edificações.

Sinais de identificação


O sinal de identificação de área de pouso será uma letra indicadora do tipo de heliponto (público, privado ou militar), colocada no centro da área de toque, dentro de um triângulo equilátero com o vértice pintado apontando para o norte magnético.
Os helipontos, além do sinal de de identificação, deverão apresentar um número indicador do máximo de toneladas correspondente a resistência do seu piso, colocado à direita do vértice pintado do triângulo e com a mesma orientação da letra. As frações de toneladas deverão ser arredondadas para o número inteiro inferior mais próximo.


Regras e procedimentos gerais

A operação de helicópteros, em voo ou em manobras na superfície, deverá ser realizada em obediência às regras  e aos procedimentos previstos nas demais legislações em vigor aplicados às aeronaves em geral e em observância ao disposto nas regulamentações emitidas pela ANAC.

Esteira de turbulência


Helicópteros em operação de planeio (deslocamento aéreo) ou de taxiamento aéreo devem permanecer distantes de aeronaves classificadas como leves.
Eles produzem vórtices que causam turbulência quando em voo e há algumas evidências de que, por quilograma de massa bruta, tais vórtices são mais intensos de que aqueles produzidos pelas aeronaves de asa fixa.

Táxi

Em qualquer caso, o movimento do helicóptero não pode colocar em risco a segurança de outras aeronaves, pessoas, veículos e instalações. O táxi de helicóptero não é, normalmente, obrigatório. Quando necessárias, as operações de táxi poderão ser realizadas sobre ou nas pistas de táxi do aeródromo ou, ainda, sobre outras áreas específicas.
O piloto em comando deverá evitar a operação de taxiamento aéreo se for provável que o fluxo de ar oriundo do sistema de rotor possa causar danos às aeronaves estacionadas ou possa suspender partículas do solo (neve, areia, etc.) que resultem no obscurecimento da visibilidade.


Pouso e decolagem

As operações de pouso e decolagem deverão seguir trajetórias sobre superfícies livres de obstáculos. 
Podem ser realizados em/de helipontos, pistas de pouso, pistas de táxi, pontos de estacionamento ou outras áreas, de acordo com as regras e os procedimentos constantes na publicação específica para helicópteros.
O piloto  em comando deverá manter-se atento à separação de obstáculos principalmente quando decolando ou pousando de/em locais não homologados ou registrados para pouso e decolagem de helicópteros, bem como de/em pontos no aeródromo que não tenham sido designados, primariamente, para a decolagem ou pouso dessas aeronaves.

Local não homologado ou registrado

O pouso e/ou decolagem em/de lacais não homologados ou registrados podem ser realizados, como operação ocasional, sob total responsabilidade do operador e/ou do piloto em comando da aeronave, conforme aplicável, desde que sejam satisfeitas as condições estabelecidas pela ANAC.
A fim de atender à eventos programados, tais como: festas populares, festivais, "shows", competições esportivas, filmagens, etc. somente serão realizadas mediante o atendimento das condições estabelecidas pela ANAC e à prévia autorização do órgão regional do SISCEAB envolvido.
O órgão ATS contatado considerará que já foram satisfeitas as condições estabelecidas pela ANAC para tal operação.
A autorização expedida pelos órgãos regionais do SISCEAB tem como finalidade exclusiva garantir a coordenação e o controle do tráfego aéreo, bem como a segurança de voo, não estando implícita qualquer autorização para a realização da atividade técnica específica da operação.

Área de pouso eventual

Nenhum helicóptero poderá operar em uma área de pouso eventual, a menos que essa operação:
- atenda às exigências dispostas nas regulamentações emitidas pela ANAC; e
- seja conduzida em contato rádio bilateral com órgão ATC correspondente, caso o voo esteja ao serviço de controle de tráfego aéreo
O órgão ATS contatado durante o pouso/ decolagem de helicóptero em/de áreas de pouso eventual considerará que já foram satisfeitas às exigências disposta nas regulamentações emitidas pela ANAC para tal operação.

Segurança das operações aéreas

Os voos de helicópteros devem ser planejados com critério. É de fundamental importância o conhecimento sobre a localização das Áreas Proibidas, Perigosas e Restritas e seus significados. Outras áreas sensíveis, mesmo que não estejam classificadas nessas categorias, tais como: refinarias, plataformas de exploração de petróleo, depósitos de combustível e áreas militares, não devem ser sobrevoadas sem prévia autorização das autoridades competentes.
Quando necessário, a circulação e os procedimentos de helicópteros envolvidos em voos panorâmicos, de filmagens, agrícolas, etc. serão estabelecidos em legislação específica.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

23 de outubro - Dia da Aviação.


O governo brasileiro estabeleceu, pela lei nº 218, que dia 23 de outubro é o dia do aviador. Com o objetivo de acentuar a "iniciativa do notável brasileiro Santos Dumont quanto à prioridade do voo em aparelhos mais pesados que o ar".

Alberto Santos Dumont, nasceu em 20 de julho de 1873, em Palmira, Minas Gerais, hoje chamada de Santos Dumont. Foi numa feira, na cidade de São Paulo, em 1888, que viu pela primeira vez um balão aerostático. Ali mesmo sentiu a sensação de subir com um balão às alturas, que somente aos pássaros era possível.

COMPTE_BLOGOF casadainfancia : Casa da Infância, 23 de OUTUBRO - Dia da Aviação e do Aviador

Depois da morte de seu pai, em 30 de agosto de 1892, mudou-se para Paris, na França. Correu atrás dos seus sonhos e conseguiu em 22 de março de 1898, em sua primeira ascensão aerostática.

Em Paris, buscava a propulsão dos balões e sua dirigibilidade. Para isso, apoiou-se na ciência e na tecnologia: estudou com o professor Garcia, humanista de origem espanhola, com vasto conhecimento em Física, Mecânica e Eletricidade.

Paralelamente à teoria, colocava em prática seus conhecimentos observando o motor do automóvel que adquirira. Com ele, participou de vários circuitos automobilísticos, nos quais atingia a velocidade de 30 km/h, alto índice para a época.


Viajou também à Inglaterra, frequentando a Universidade de Bristol como aluno ouvinte, e retornou a Paris para dar continuidade aos estudos e ao seu objetivo maior.


Decidido a aperfeiçoar seus balões, fez em julho sua primeira ascensão livre com o balão de nome "Brasil", que mandou construir para seu uso pessoal. No mesmo ano, ainda em 18 de setembro, realizou a primeira experiência com o seu balão dirigível nº 01, sendo a primeira vez que um motor à explosão, adaptado a um veículo aéreo, funcionava no ar.



Na primeira tentativa de decolagem, chocou-se contra as árvores, pois decolou a favor do vento, conforme foi convencido pelas pessoas que assistiam.
Dois dias depois, a 20 de setembro de 1898, decolou contra o vento, conforme sua concepção. Para espanto da assistência, pela primeira vez na história da humanidade, um balão evolui no espaço, propulsionado por um motor a petróleo. Após este evento, aperfeiçoou, sua criação nos dirigíveis 2 e 3.

Hangar de Saint-Cloud contruído posteriormente, 1905 - © Museu Aeroespacial   

Até o balão dirigível nº 14, houve uma infinidade de experiências diversas que o deixaram famoso. A sua hélice e o motor serviram para as primeiras experiências com o aeroplano nº 14 Bis.



Entre os dias 25 de julho e 23 de outubro de 1898, no Campo de Bagatelle, em Paris, voou perante a Comissão Fiscalizadora do Aeroclube da França, ganhando a taça ARCH-DEACON, por realizar o primeiro voo de aparelho mais pesado que o ar. Posteriormente, ele criou o nº 16, usando um motor.

Santos Dumont subvencionava suas atividades aeronáuticas com seu próprio dinheiro. Em 1901, encher um balão de 620 metros cúbicos com hidrogênio custava-lhe aproximadamente US$ 500,00.

Mais tarde foi transformado em biplano. No nº 18, a principal experiência foi um deslizador aquático e a tentativa foi demonstrada no Rio Sena.


Ele estava inclinado a crer que a verdadeira função dos veículos aéreos consistiria no transporte rápido de passageiros, correspondências e cargas. Santos Dumont tentou levar o mundo a partilhar de suas
idéias em vão.

Os homens mais eminentes não as aceitavam e a imprensa, noticiando os seus desastres, apelidava-o de "Santos Desmonta". Em 1902, entretanto, o Príncipe de Mônaco se ofereceu para construir um hangar, caso Santos Dumont quisesse levar os seus dirigíveis para Monte Carlo, durante o inverno.

Santos Dumont aceitou. O jovem brasileiro, com o seu ar afável e negligente, era visto em jantares com o Príncipe de Mônaco e em ceias com os grandes banqueiros. No mar, as embarcações faziam cortejo em sua honra. Célebres corredores de automóvel aceleravam os seus carros na estrada do litoral, chegando a ultrapassar 60 quilômetros por hora, para acompanhar o seu voo.

Depois de muitas experiências com aparelhos que eram metade avião, metade balão, Santos Dumont galgou novos êxitos. Em 1906 deu ao mundo a primeira demonstração pública de voo num aparelho "mais pesado que o ar". (Os irmãos Wright só vieram a voar publicamente em 1908.)



Criou depois os primeiros monoplanos bem sucedidos, construídos de bambu e seda japonesa que não pesavam, incluindo motor e aviador, mais que 110 quilos, os Libélulas.

Em 1909, resvalando pelas cercas e pelas copas das árvores na sua segunda Libélula, bateu um novo recorde, ao alcançar 95 metros num percurso de oito quilômetros. Foi seu último triunfo.

Já em 1909, a aviação começava a escapar das mãos dos inventores para as dos engenheiros e mecânicos. Nos hangares, Santos Dumont encontrava homens mal-educados.


Os homens da aviação só pensavam em corridas e pequenos concursos para ganhar prêmios. Para um homem com a educação requintada e os ideais de Santos Dumont, isso era intolerável. E, por este motivo, retirou-se da arena.

Como ganhador do prêmio Nobel, Santos Dumont acreditava que as suas invenções haviam de tornar tão terrível a guerra, que os homens não pensariam mais nela. Tal convicção sofreu um rude golpe quando foi declarada a Primeira Grande Guerra Mundial. O aeronauta isolou-se na sua casa, nos arredores de Paris, onde sofreu acessos de neurastenia, atribuindo a si a responsabilidade pelo conflito.


Nos anos que se seguiram ao Armistício, cada desastre de aviação avivava a sua crença de que a dádiva que fizera ao mundo era, na realidade, uma invenção infernal.

Voltando de navio para o Brasil, em 1928, ele presenciou um avião da Condor caindo no mar, matando seus tripulantes. Santos Dumont assistiu aos funerais e, depois, encerrou-se por vários dias num quarto de hotel.


Quando aconteceu o desastre do dirigível R.101, tentou se suicidar. Desde então, os parentes e amigos passaram a exercer estreita vigilância à sua volta. Durante a Revolução Paulista de 1932, Santos Dumont via passar, pelos céus de sua terra natal, a máquina concebida por ele, sendo utilizada como poderoso instrumento de destruição.

Aquele era o mesmo tipo de aeroplano que, um dia, dera a triunfante volta na Torre Eiffel! Um dos sobrinhos que sempre o acompanhava deixou-o sozinho por alguns momentos. Ao voltar, não mais o encontrou com vida.

Santos Dumont morreu no dia 23 de julho de 1932, no Guarujá. Desistiu da vida com a mágoa de ver seu invento, criado para servir, sendo usado para destruir o homem.

Seu coração se encontra no salão nobre da Academia da Força Aérea, em Pirassununga, em artístico escrínio de ouro, para que os oficiais que lá se formam possam sentir sua nobreza e seu pulsar indefinidamente, nos corações de todos os brasileiros.


Parabéns a todos aqueles que fazem parte desta grande família que divide os céus com os pássaros.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Regras de tráfego VFR para helicópteros (parte 1)

De um modo geral são poucas as diferenças entre o regulamento de tráfego aéreo VFR (regras de voo visual) para aviões e helicópteros, porém, há algumas particularidades que devem ser analisadas e estudadas.

Unidades de medidas
O Brasil adota as seguintes unidades de medidas para fins aeronáuticos:

Distância: km ou nm
Altitude, alturas e elevações e dimensões: ft ou m
Velocidade vertical: ft/m
Velocidade horizontal: km/h ou kt
Velocidade do vento: kt
Direção do vento (pouso e decolagem): graus magnéticos
visibilidade: m até 5000 e acima em km
Altitude e altura das nuvens: ft ou m
Temperatura: ºC 
Pressão: hPa
Peso: kg

m=metros, km=quilômetros, kg=quilograma, nm=milha náutica, ft=pés, kt=nós, ºC=graus célsius.

Conceitos básicos


Área de pouso eventual: é uma área selecionada para pouso e decolagem de helicópteros, possuindo características físicas compatíveis com aquelas estabelecidas pela ANAC para helipontos normais, que pode ser usada, esporadicamente, em condições VMC (Condições meteorológicas de voo visual), por helicópteros em operações aéreas policiais ou de defesa civil, de socorro médico, de inspeção de linha de transmissão elétrica ou de dutos transportando líquidos ou gases, etc.

Deslocamento aéreo: movimento de helicóptero sobre a superfície de um aeródromo, permanecendo abaixo de 100 ft e com velocidade relativa ao solo superior a 37 km/h (20 kt).

Efeito solo: situação de aumento de desempenho (sustentação) devido à interferência da superfície com o padrão do fluxo de ar oriundo do sistema do rotor principal, quando o helicóptero está operando perto do solo.
Para a maioria dos helicópteros, a eficácia do rotor é aumentada pelo efeito do solo até uma altura de cerca de um diâmetro de rotor.


Helipontos: aeródromos destinados exclusivamente a helicópteros.


Heliportos: helipontos públicos dotados de instalações e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas.


Navegação aérea: método de navegação que permite a operação de aeronaves em qualquer trajetória de voo desejada dentro da cobertura de auxílios à navegação, ou dentro de limites das possibilidades dos equipamentos autônomos de navegação ou de uma combinação de ambos.

Pista de táxi acima do solo: trajetória definida na superfície para o taxiamento aéreo de helicópteros, realizado pouco acima da superfície, a uma altura normalmente correspondente ao efeito do solo e a uma velocidade relativa ao solo inferior a 37 km/h (20 kt).

Pista de táxi de helicóptero: pista de taxiamento no solo utilizada exclusivamente por helicópteros. Destinada ao movimento na superfície de um helicóptero provido de rodas, movido pela sua própria potência.

Posição de estacionamento de helicóptero: posição de estacionamento e onde operações de taxiamento aéreo são permitidas para o toque e elevação inicial de um helicóptero.


Rota de deslocamento aéreo: trajetória definida na superfície, estabelecida para o deslocamento aéreo de helicópteros no aeródromo. Destinada ao movimento de um helicóptero acima da superfície, normalmente a uma altura não superior a 30 m (100 ft) e em velocidades relativas ao solo superiores a 37 km/h (20 kt).

Taxiamento aéreo:  movimento de um helicóptero sobre a superfície de um aeródromo, em uma velocidade referente ao solo, normalmente menor do que 37 km/h (20 kt) e com efeito do solo. A altura real pode variar, pois alguns helicópteros podem requerer taxiamento aéreo acima de 8 m (25ft) AGL para reduzir a turbulência devido ao efeito do solo ou prover espaço livre para as cargas suspensas.

Voo pairado: manobra na qual o helicóptero é mantido em voo, sem movimentos de translação a um ponto no solo ou água.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O maior avião do mundo



O An-225 Mriya, chamado pela OTAN de 'Cossack', é uma aeronave de transporte cargueiro estratégico, construída pela Antonov Design Bureau, empresa ucraniana que fabrica aeronaves. O An-225 é a maior aeronave de asa fixa do mundo. Seu design foi construído para transportar a nave espacial Buran.


O Antonov An-225 é disponível comercialmente para transportar cargas enormes e excessivamente pesadas, devido ao tamanho único de seu compartimento de carga, 600 toneladas internamente, ou 400 toneladas  na área superior à fuselagem , usado dessa forma, a capacidade de carga diminui para um pouco menos de 200 toneladas entretanto, as medidas da carga aumentam, o comprimento passa de pouco mais de 44 m para mais de 70 m. É necessário, apenas, que essa carga tenha um mínimo de aerodinâmica. Atualmente, há somente uma aeronave em operação. Para se ter noção de seu tamanho, ele comportaria, facilmente, mais de 1500 pessoas.


Em setembro de 2001, ele voou transportando uma carga de 253,86 toneladas a uma altitude máxima de 2 km,com velocidade média de 763,2 km/h e percorrendo uma distância de 1000 km aproximadamente. Ele é o maior avião em operação, atualmente. O único avião que teve a honra de ter mais asa que o An-225 é o Spruce Goose, o Hughes H-4 Hercules. Entretanto, o Spruce Goose é mais curto, mais leve e nunca voou acima dos 30 m. Aliás, ele fez um único vôo. Já o An-225 executou centenas de vôos.


O An-225 teve uma breve aparição no filme 2012(filme), quando os personagens tomam um vôo nele até a China, para fugirem da destruição dos Estados Unidos pelo vulcão Yellowstone. 
O An-225 utiliza mais de 95.000 litros de combustível para percorrer uma distância de pouco mais de 5.000 quilômetros enquanto o Boeing 747 utiliza 65.000 para percorrer a mesma distância.


Em 14 de fevereiro de 2010, o AN-225 foi contratado pela Chapman Freeborn Airchartering (empresa britânica de frete aéreo), a serviço da Petrobrás. Pousou no Aeroporto Internacional de São Paulo, Cumbica, transportando três gigantescas válvulas para a Refinaria de Paulínia, REPLAN. Antes da viagem ao Brasil, o An-225 transportou de Tóquio para Santo Domingo, cerca de 110 toneladas entre equipamentos de construção civil e mantimentos doados pelo Japão para ajudar a reconstrução do Haiti.
O Aeroporto de Guarulhos recebeu muito bem o maior avião cargueiro do mundo (An 225), da mesma forma que aconteceu com o pouso do maior avião de passageiros do mundo, o Airbus A380, em 10 de dezembro de 2007.



Tipo de aeronave: Cargueiro
Propulsão: 6 turbinas ZMKB Progress Lotarev D-18T (com 229,50 kN de propulsão cada)
Peso máximo de carga permitido para conseguir decolar: 600 t.
Peso máximo de carga útil (interna ou externa): 300 - 300 t.
Envergadura de asa: 88,4 m
Comprimento: 84 m
Velocidade: 865 km/h
Altura: 18,1 m (excluindo o trem de pouso)
Autonomia de voo com carga máxima: 4.500 km
Autonomia de voo com tanques de combustível cheios: 15.400 km
Tripulação: 7 pessoas.
Zona de carga caberia o equivalente a: 1.500 pessoas
Rodas: 32

Ficheiro:Giant planes comparison.svg
Fonte Wikipédia